Os carros elétricos da China impulsionam a economia da Hungria

Os fabricantes chineses de automóveis eléctricos estão a ter um impacto significativo no mercado europeu, com a Hungria a emergir como um interveniente-chave. A colaboração entre a Hungria e a China está a transformar a Hungria num importante centro de produção de veículos eléctricos. Esta parceria não só impulsiona a economia da Hungria, mas também apoia a mudança para transportes limpos na Europa.

A vantagem estratégica da Hungria nos preços da energia

A Hungria tem uma vantagem única sobre os países da Europa Ocidental, como a Alemanha e a França, devido aos seus preços de energia mais baixos. Em Dezembro de 2022, o governo húngaro criou o seu próprio departamento de energia para fazer face à crise energética europeia causada pelo conflito Rússia-Ucrânia. O preço médio da eletricidade na Hungria é o mais baixo da UE, atingindo um máximo de 0,10 euros por quilowatt-hora no ano passado, em comparação com a média da UE de 0,28 euros e os 0,34 euros por quilowatt-hora da Alemanha.

Estes baixos preços da energia devem-se em grande parte à forte relação comercial da Hungria com a Rússia. A Hungria tem sido um dos mais importantes parceiros comerciais de energia da Rússia na Europa, importando gás natural e petróleo. Além disso, a Hungria está a construir uma nova central nuclear com a ajuda da empresa nuclear estatal russa, Rosatom. As sanções da UE contra a Rússia não incluíram restrições à energia nuclear, principalmente devido à oposição da Hungria.

A Hungria também planeia colaborar com a China na energia nuclear. O Ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, declarou esta semana: “Chegámos a acordo sobre um projecto de acordo de cooperação com a China que abrange todas as áreas da indústria nuclear para garantir que ambos os países possam aceder à geração de energia mais barata, segura e eficiente”. Esta cooperação visa manter baixos os preços da electricidade na Hungria.

Ao manter estas relações e acordos, a Hungria garante energia acessível aos seus cidadãos e indústrias, dando-lhe uma vantagem económica significativa na Europa.

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Carros elétricos da China impulsionam o crescimento automotivo da Hungria

Veículos eléctricos avançados e acessíveis da China estão a chegar à Europa. Países como França, Alemanha, Itália, Espanha, Polónia e Hungria estão todos a assistir a um afluxo de fabricantes de automóveis chineses. A Hungria está a tornar-se o maior beneficiário desta tendência. A China está a ajudar a Hungria a ultrapassar a Alemanha, tornando-se o principal centro europeu de produção de veículos eléctricos.

Ao abraçar os fabricantes chineses de automóveis eléctricos, a Hungria está preparada para transformar a sua indústria automóvel, beneficiando do influxo de veículos fabricados na China e da sua tecnologia limpa. Esta medida posiciona a Hungria como um interveniente-chave no mercado europeu de automóveis eléctricos, atraindo investimentos significativos e criando novos empregos.

Esta colaboração entre a Hungria e a China não só impulsiona a economia da Hungria, mas também promove a utilização de veículos limpos em toda a Europa. Com os fabricantes chineses de automóveis eléctricos como a BYD a expandir a sua presença, a Hungria está no caminho para se tornar um importante centro de produção de veículos eléctricos.

Ao concentrar-se na inovação e na sustentabilidade, a Hungria pretende liderar o mercado europeu de automóveis eléctricos, estabelecendo um novo padrão para transportes limpos.

Maior fabricante de carros elétricos da China constrói primeira fábrica na Hungria

Na Hungria, quase todos os meses há notícias de investimentos da segunda maior economia do mundo, especialmente na indústria automóvel. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, anunciou que a BYD, fabricante chinesa de carros elétricos, recebeu aprovação para sua fábrica de carros elétricos. Os trabalhos de construção e infraestrutura em Szeged, no sul da Hungria, estão em andamento e os primeiros modelos BYD sairão de linha no próximo ano. Enfatizou a importância de ter todos os aspectos da indústria automóvel, desde a produção à investigação e serviços, na Hungria.

A BYD anunciou a fábrica em dezembro do ano passado, tornando-se um dos primeiros grandes fabricantes chineses de carros elétricos a ter instalações de produção próprias na Europa. Inicialmente, produzirá 150 mil carros por ano, eventualmente aumentando para 300 mil carros.

Uma segunda fábrica da BYD na Europa poderá surgir em breve. Países como França, Itália e Alemanha estão disputando a próxima fábrica da BYD. O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, disse que o comércio entre a Hungria e a China quadruplicou em vinte anos, atingindo 12 mil milhões de dólares. De Budapeste, os voos fazem conexão com sete cidades chinesas.

Hungria pretende ser um centro líder de carros elétricos

O WirtschaftsWoche da Alemanha relata que a Great Wall Motors está planejando construir uma fábrica de automóveis na Hungria. A primeira fábrica europeia da empresa ficará perto da cidade de Pécs, em Beise. A Great Wall Motors pretende produzir sua marca Ora de gama média e a marca Wey de gama alta em um local de 600 hectares reservado para produção. Esta fábrica é outra parte fundamental da estratégia da Hungria para dominar a indústria automóvel chinesa na Europa.

A Hungria já é uma base líder na produção de automóveis na Europa Central e Oriental. A Suzuki produz carros em Esztergom desde 1992, a Mercedes-Benz está em Kecskemét desde 2012 e a Audi está em Győr há mais de vinte anos. A BMW está construindo uma nova fábrica em Debrecen, planejando iniciar a produção em massa dos chamados modelos New Class em 2025. Com a chegada dos fabricantes chineses de carros elétricos, a Hungria está ultrapassando a Alemanha para se tornar um importante centro de carros elétricos.

O afluxo de fabricantes de automóveis chineses à Hungria reforça a sua posição como um importante interveniente na indústria de veículos eléctricos. Esta colaboração deverá impulsionar a economia húngara e criar numerosos empregos, estabelecendo ainda mais a Hungria como líder na produção de veículos eléctricos na Europa.

Hungria pretende liderar na produção de baterias

A Hungria pretende tornar-se o maior produtor europeu de baterias de propulsão e suas peças, com a ajuda da China. CATL, umaEmpresa chinesa de baterias, está construindo uma fábrica de baterias em Debrecen, em um terreno de 221 hectares. Esta fábrica criará 9.000 empregos.

Quando a CATL anunciou o seu plano em Dezembro passado, pretendia tornar a Hungria um “centro de produção europeu”. A empresa se esforça para vender seus modelos populares na China, na Europa e nos EUA, o que deixa os fabricantes estabelecidos nesses mercados inquietos.

Além disso, Eve Energy, Huayou Cobalt e Ningbo Zhanyu Technology anunciaram planos ou já começaram a construir fábricas na Hungria. Estas fábricas irão abastecer os fabricantes de automóveis europeus, incluindo empresas alemãs como a Volkswagen (Audi) e a BMW, que já produzem na Hungria. As empresas coreanas também estão a fabricar baterias na Hungria.

Com estes desenvolvimentos, a Hungria deverá tornar-se um centro significativo para a produção de baterias para veículos eléctricos, apoiando o crescimento dos carros eléctricos em toda a Europa.

Hungria depende de energia acessível

A Hungria tem uma vantagem no preço da energia que países como a Alemanha e a França não têm. Em Dezembro de 2022, o governo húngaro criou o seu próprio departamento de energia para lidar com a crise energética europeia causada pelo conflito Rússia-Ucrânia. O preço médio da eletricidade na Hungria é o mais baixo da UE, com um pico de 0,10 euros por quilowatt-hora no ano passado (média da UE: 0,28 euros). Em comparação, a Alemanha paga em média 0,34 euros por quilowatt-hora, mais de três vezes a taxa da Hungria.

Os baixos preços da energia na Hungria devem-se à sua relação comercial com a Rússia. A Hungria tem sido um dos mais importantes parceiros comerciais de energia da Rússia na Europa, importando gás natural e petróleo. Está também a construir uma nova central nuclear com a ajuda da empresa nuclear estatal russa, Rosatom. As sanções da UE contra a Rússia não incluíram restrições à energia nuclear, principalmente devido à oposição da Hungria.

Além disso, a Hungria planeia colaborar com a China na energia nuclear. O Ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Péter Szijjártó, disse esta semana: “Chegámos a acordo sobre um projecto de acordo de cooperação com a China que abrange todas as áreas da indústria nuclear para garantir que ambos os países possam aceder à geração de energia mais barata, segura e eficiente”. Esta cooperação visa manter baixos os preços da electricidade na Hungria.

Ao manter estas relações e acordos, a Hungria garante energia acessível aos seus cidadãos e indústrias, dando-lhe uma vantagem económica significativa na Europa.

Conclusão

As parcerias energéticas estratégicas da Hungria e as colaborações com fabricantes chineses de automóveis eléctricos posicionam-na como líder no mercado europeu de veículos eléctricos. Os baixos preços da energia no país e os investimentos de empresas como a BYD e a CATL estão a transformar a Hungria num importante centro de produção de veículos eléctricos. Esta mudança não só fortalece a economia da Hungria, mas também promove a utilização de veículos limpos em toda a Europa, abrindo caminho para um futuro sustentável na indústria automóvel.

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